13 de outubro de 2008

HÁ UM RUÍDO DO LADO FORA DA CASA

Passa das 3h da manhã. Tento acabar um trabalho alimentício, nesta madrugada de domingo para segunda.
Trabalho um bocado, leio o correio que um leitor me escreve, vejo um pedaço de um vídeo relacionado com a minha tarefa e ouço-me a teclar. Penso nos antebraços que me doem do mau apoio na mesa apinhada de papéis, livros, uma chávena de chá, caixas de dvd, auscultadores, um cartão de visita... Ao fundo, a planta de interior que tem crescido vá-se lá saber como, no cantinho da janela.
Depois ouço um carro que passa na rua, tomo consciência do silêncio à minha volta (de pessoas). Reparo que estou vivo, mesmo se me tinha esquecido que este corpo que trabalha tinha uma existência física.
É tarde, tempo de largar a metafísica e avançar no trabalho.
Mas continua a haver uma rua para lá da minha casa...

2 comentários:

Lúcia disse...

Nesse momento surgiu a rua como breve escape. Normalmente surge a casa como escape ao ruído. E que os ouvidos se abram...

nêta disse...

Depois da aula de ontem, a leitura deste post ganha uma nova dimensão. A vida também se faz destas coisas: de novas experiências que nos dão uma nova leitura sobre o que anteriormente teria outro sentido.
Um abraço e até quarta-feira.