HÁ UM RUÍDO DO LADO FORA DA CASA
Passa das 3h da manhã. Tento acabar um trabalho alimentício, nesta madrugada de domingo para segunda.
Trabalho um bocado, leio o correio que um leitor me escreve, vejo um pedaço de um vídeo relacionado com a minha tarefa e ouço-me a teclar. Penso nos antebraços que me doem do mau apoio na mesa apinhada de papéis, livros, uma chávena de chá, caixas de dvd, auscultadores, um cartão de visita... Ao fundo, a planta de interior que tem crescido vá-se lá saber como, no cantinho da janela.
Depois ouço um carro que passa na rua, tomo consciência do silêncio à minha volta (de pessoas). Reparo que estou vivo, mesmo se me tinha esquecido que este corpo que trabalha tinha uma existência física.
É tarde, tempo de largar a metafísica e avançar no trabalho.
Mas continua a haver uma rua para lá da minha casa...
2 comentários:
Nesse momento surgiu a rua como breve escape. Normalmente surge a casa como escape ao ruído. E que os ouvidos se abram...
Depois da aula de ontem, a leitura deste post ganha uma nova dimensão. A vida também se faz destas coisas: de novas experiências que nos dão uma nova leitura sobre o que anteriormente teria outro sentido.
Um abraço e até quarta-feira.
Enviar um comentário